Um dia desses minha mãe veio me mostrar, logo pela manhã, um texto de uma escritora que nós duas gostamos muito, mas que eu ainda não tinha lido. Achei que era uma boa compartilhar. Abraços.
Canção das mulheres - Lya Luft
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a ideia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo "Olha que estou tendo muita paciência com você!"
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
Fonte: pensador.uol.com.br
sábado, 13 de outubro de 2012
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Nada bom
Eu hoje tive raiva. Muita, pra ser bem sincera. E eu até comecei a poetizar com esse tema que tanto mal me causou, mas achei melhor não. Há nesse mundo coisas que não devem ser registradas, por motivos que tbm não convêm explicitar. Difícil é aquietar a mente. Acho que na verdade ninguém me entendeu. Minto, houve uma pessoa que entendeu. Mais que isso, acho que ela sentiu. E esse foi o maior alento depois de tanta atribulação.
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