Quem sou eu

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Quem eu sou?... Quem eu sou?... Quem será que eu sou?...

sábado, 13 de outubro de 2012

Momento citação - Canção das mulheres

Um dia desses minha mãe veio me mostrar, logo pela manhã, um texto de uma escritora que nós duas gostamos muito, mas que eu ainda não tinha lido. Achei que era uma boa compartilhar. Abraços.

Canção das mulheres - Lya Luft

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas  cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dói a ideia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo "Olha que estou tendo muita paciência com você!"

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

Fonte: pensador.uol.com.br

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Nada bom

Eu hoje tive raiva. Muita, pra ser bem sincera. E eu até comecei a poetizar com esse tema que tanto mal me causou, mas achei melhor não. Há nesse mundo coisas que não devem ser registradas, por motivos que tbm não convêm explicitar. Difícil é aquietar a mente. Acho que na verdade ninguém me entendeu. Minto, houve uma pessoa que entendeu. Mais que isso, acho que ela sentiu. E esse foi o maior alento depois de tanta atribulação.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Momento Musical 23

Oi pessoas!

É, tem um tempinho que eu não venho por aqui... Não sei bem porque... Mas vi que mesmo assim algumas pessoas continuam me visitando. Que bom! E de vez em quando eu ainda apareço!

Mas enfim, hoje venho deixar pra vcs um momento musical!
Bjocas!!


"Você
 É algo assim
 É tudo pra mim
É como eu sonhava

 Você
 É mais do que sei
 É mais que pensei
 É mais que eu esperava, baby

 Sou feliz
 Agora
 Não, não vá
 Embora, não...

 Vou morrer de saudade..."

Você - Tim Maia

domingo, 17 de junho de 2012

Se eu fosse...

Se eu fosse o Emílio eu saberia colocar links aqui, aí hoje eu copiaria a ideia dele e colocaria um link pra uma postagem minha que já fez até aniversário, mas não quis sair de moda: "Tudo errado" -  29/01/11.
Mas eu não sou o Emílio...

Noite

E eu chorei de novo
Chorei porque mais uma vez não consegui
Não conseguimos

Angústia ruim
Nó na garganta
E a sensação de que tentar dormir não vai resolver

Mas amanhã é novo
E nunca se sabe
O que lá espera por nós

domingo, 27 de maio de 2012

Mudando de assunto

Interessante essa capacidade que a cabeça da gente tem de mudar o rumo dos pensamentos...
Que bom!

Inutilidade

É inútil querer ser correto
Se o mundo à sua volta só premia a esperteza.
Inútil fazer o melhor
Onde não é bem por mérito que se avança.

Inútil...
É como me sinto hoje.

E é inútil sentir tudo isso...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Nada não

Às vezes penso em escrever
Às vezes escrevo sem pensar
Pensando bem se eu pensar demais nem escrevo
Nem escrevo, nem falo, nem penso....
Pensar o quê?

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Momento Musical 22



"Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
 O sal viria doce para os novos lábios
 Colombo procurou as Índias
 Mas a terra avisto em você
 O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário


 Estranho é gostar tanto do seu all star azul
 Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras
 Satisfeito sorri quando chego ali
 E entro no elevador
 Aperto o 12 que é o seu andar
 Não vejo a hora de te encontrar
 E continuar aquela conversa
 Que não terminamos ontem
 Ficou pra hoje..."


All Star - Cássia Eller

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Momento Citação



Ter ou não ter namorado


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.


Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar. Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical no metrô.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.

Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.

Enlou-cresça.


*Nota: eu sempre vi esse texto mencionado como sendo de autoria do Carlos Drummond, mas agora que fui olhar na internet vi alguns sites falando que na verdade é de Artur da Távola. De qualquer maneira, é muito legal!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pedido de desculpas

Me desculpe...
Eu não queria ser assim.
Não queria me incomodar tanto
Com coisas tão pequenas.
Não queria machucar você
Com palavras bobas ditas da boca pra fora.

Mas agora eu já fiz.
E tudo o que eu posso
É tentar não fazer de novo.
E se eu não conseguir
Te pedir outra vez...
Me desculpe.


domingo, 8 de janeiro de 2012

Conto de fadas

Você já teve um sonho na vida?
Um sonho da juventude, bem cor-de-rosa?
Um sonho que a vida adulta te avisou que era impossível?
Um sonho que você, aos poucos, se conformou em não mais sonhar?

Eu tive um sonho.
Ele era muito lindo, muito perfeito.
E ele foi se desfazendo, se perdendo, à medida que o futuro foi virando presente.
E eu já ia me acostumando a deixar o velho sonho de lado.
Eu já estava aprendendo a ver a vida sem aquele sonho. E estava até conseguindo caminhos novos, mesmo sem ele.

Mas aí...
Aí, como num passe de mágica, a abóbora se transformou em carruagem de novo e eu me vi no meio do conto de fadas daquele meu antigo sonho.
Antigo, mas ainda presente.
Presente, e maravilhado por estar se transformando...
Deixando o mundo dos sonhos.... virando realidade...